Se você está buscando disciplinar mais os seus estudos, aumentar o rendimento do trabalho, organizar suas atividades, otimizar seus brainstormings em equipe e gerar apresentações e estratégias mais interessantes, precisa conhecer o que é o mapa mental e como aplicar ele no seu dia a dia.
Entendendo o que é o mapa mental
Nos dias de hoje contamos com uma quantidade massiva de informações, muito mais do que qualquer mente humana é capaz de processar, e em diversas ocasiões do dia a dia temos a necessidade de organizar enormes quantidades de informações ou processar nossas próprias ideias em ritmo rápido e dinâmico.
Estamos na era da produtividade, e diariamente novas metodologias surgem para dar conta da grande demanda que os profissionais de administração, setores de marketing e estudantes têm para conseguir organizar de forma coesa suas atividades, ideias e prioridades.
Entre uma série de planilhas infinitas, softwares e apps que prometem dezenas de recursos para organização, o melhor para a mente humana ainda é tornar tudo o mais simples possível.
Criado na década de 1970, pelo escritor Tony Buzan, o mapa mental é um pioneiro no conceito de design de pensamento, voltado para tornar as anotações muito mais dinâmicas e atrativas para o nosso cérebro.
Notando as limitações dos antigos mapas conceituais e anotações lineares, o autor se debruçou sobre técnicas mais dinâmicas para ajudar especialmente quem estuda e também equipes que trabalhavam com muitas vozes e precisavam elaborar os famosos brainstormings para coletar ideias de maneira rápida.
Bons administradores sempre lançam mão de técnicas como esta, mas ela vai muito além, fazendo maravilhas na vida corrida e atribulada dos estudantes de concurso, vestibular e universitários, que lidam com uma série de assuntos em um período muito curto de tempo e precisam ter tudo na ponta do lápis.
Como funciona o mapa mental?
O mapa mental deve começar de forma simples. Sua ideia não é ser um documento, e sim uma espécie de esboço.
O primeiro passo é ter uma ideia central. Digamos que você seja um estudante de direito e estude para um importante concurso na área penal. Comece por sua palavra-chave, que tal “Direito Penal”?
A partir desse tema central, você faz associações breves, indo do mais geral para o mais específico. Da parte central que você anotou, puxe pequenas linhas indicando áreas do direito penal, como “Política criminal”, “Econômico” e “Constitucional”.
Dê uma cor ou desenhe um símbolo junto de cada um, e para cada um desses segmentos, você adiciona mais termos. Note que quanto mais específico o assunto vai se tornando, mais longa a anotação que organiza aquela ideia acaba ficando. Mas resista à tendência de explicar muito na escrita e tente explicar muito através de desenhos e cores.
Para não perder nenhuma ideia na velocidade em que elas chegam, faça anotações rápidas e objetivas e não se preocupe com o excesso, você sempre pode podar os excessos mais tarde e passar o mapa a limpo, o mais importante é que exista uma relação concisa entre cada categoria.
Por que usar símbolos e cores?
Diferente de outros tipos de diagrama, que precisam constar com objetividade, o mapa mental serve para dar uma turbinada no seu cérebro. Ele não costuma se transformar em algo oficial, mas sim em um ponto de referência importante para você e sua equipe.
O nosso cérebro funciona de uma forma curiosa, com sons, formas, cores, rostos. As palavras escritas, pura e simplesmente, têm pouco incentivo visual, ao menos no caso de nosso alfabeto românico.
É só lembrar de seus sonhos: eles não contém palavras grafadas, mas sim os outros elementos que citamos antes. Isso é um sinal importante de como o seu subconsciente trabalha junto do consciente para processar informações.
Quanto mais para perto do inconsciente você trouxer um conceito, mais ele fica fixado, é por isso, inclusive, que uma das táticas para estudar envolve revisar o material antes de dormir.
Agora imagine que você já leu bastante o conteúdo, mas ainda tem dificuldade para assimilar algumas partes. É nesse momento que o poder dos símbolos, formas e cores entra em ação: quanto mais destaque você der a uma ideia, mais oportunidades de gravá-la em sua mente você cria.
Uma dica ao estudar no kindle ou no tablet é fazer destaque com cores associadas a cada ramificação em seu mapa mental, depois é só voltar revisando e fazendo anotações em seu mapa conceitual.
Trabalhe bem com as palavras
Apesar de o que falamos sobre o cérebro não reagir tanto ao texto quanto às cores e formas, toda palavra tem um fundo semântico, um significado capaz de evocar um conjunto de imagens, como se fosse um código, e o cérebro desenvolve esse mecanismo conforme somos letrados.
A palavra ativa uma imagem acústica, como dizia o grande linguista Saussure. Mas para que isso aconteça, é importante trabalhar com o mais simples o possível.
Faça siglas, encurte nomes, crie apelidos e até use termos que possam soar estranhos e intrigantes. Isso porque quanto mais intrigante e diferente algo se torna, mais o cérebro trabalha sobre ele.
Lembra das musiquinhas que seu professor de química inventava para decorar as fórmulas ao estudar para o vestibular? Elas acabavam funcionando, não é? Isso porque ele provavelmente adicionava rimas sobre uma melodia fácil de decorar. Associações desse tipo podem ser muito produtivas, pois muitas vezes, como na poesia e na música, uma palavra chama por outra que rime com ela.
Outra técnica ótima é a associação mnemônica, que ao invés de usar o fim das palavras, usa o começo em frases que parecem bobas mas são fáceis de decorar e depois podem ser organizadas dentro dos famosos acrósticos que fazíamos na escola.
A soma de todas essas técnicas é um prato cheio para turbinar sua memória e aumentar a agilidade sináptica do seu cérebro.
Mapa mental: o modo eficiente de usar
O mapa mental é útil para a memória tanto na hora em que o prepara, pois as ideias surgem com mais facilidade enquanto as visualizamos quanto quando já está pronto.
O importante é ter ele sempre bem elaborado, então faça diferentes versões, passe a limpo, corte excessos e risque as etapas completas.
Seu mapa deve estar sempre à vista para que durante o dia você consiga olhar repetidas vezes para ele e dê aquele “up” na memória, assim esses assuntos passam a fazer partes dos seus pensamentos de rotina.
Se estiver estudando online, você pode aproveitar a infinidade de mapas mentais online, mas não se deixe levar pelas diversas funcionalidades, o ideal é ser objetivo no primeiro momento e depois ir aparando as arestas até chegar em uma versão final satisfatória.
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Fernando Vale é um profissional graduado em Administração e com MBA em Logística Empresarial. Atualmente, é sócio e diretor da Unova Cursos, uma empresa especializada em Educação a Distância (EAD) e Cursos Online. Com mais de uma década de experiência no mercado educacional, Fernando tem se empenhado em levar conhecimento de excelência para milhares de indivíduos em todo o território brasileiro.
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