Lúpus: O que é, sintomas e os tratamentos para essa doença autoimune

Uma das doenças autoimunes mais perigosas do mundo, o Lúpus pode atacar qualquer órgão e se manifestar de diferentes maneiras nas pessoas. 

Esta é uma doença que pode aparecer de uma hora para outra e pode acometer desde a face até órgãos internos, pois o próprio sistema imunológico agride a si mesmo.

A doença tende a se agravar com o tempo, mas com o tratamento correto, é possível controlar os sintomas e seu avanço. 

Nesse artigo, saiba tudo sobre o Lupus, sintomas e os tratamentos mais eficazes. 

O que é Lúpus? 

O lúpus erimatoso sistêmico ou somente lúpus, é uma doença inflamatória e autoimune, ou seja, pode afetar qualquer órgão do corpo humano e acometer pessoas de diferentes maneiras.

Doenças autoimunes ocorrem quando existe um desiquilíbrio e mau funcionamento do sistema imunológico do corpo, que faz com que este ataque as células de defesa saudáveis. 

Além dos lúpus, enfermidades como a esclerose múltipla, doença celíaca e artrite reumatoide são consideradas doenças autoimunes. 

O lupus pode acontecer repentinamente ou se desenvolvendo ao longo do tempo e trás inúmeras dificuldades para a vida da pessoa afetada.

A doença foi descoberta no século 19, mas desde a antiguidade os médicos descreviam a doença.

Por sua descamação característica no rosto que por parecerem manchas comuns em lobos, colocaram o nome de lúpus, que significa lobo em latim.

No passado, acreditava-se que a doença se resumia ao rosto e a pele em si, mas a partir do ano de 1833, vários médicos destacaram em artigos científicos seus estudos que mostram que o lúpus afetava vários órgãos além da pele.

No mundo, são mais de 5 milhões de pessoas e no Brasil a estimativa é que 300 mil sofram com o lúpus. 

Quais os primeiros sinais e sintomas mais recorrentes do Lupus?

Dependendo do tipo de lúpus, a doença pode afetar apenas a pele ou a pele e outros órgãos vitais como os rins. 

Os sintomas e sinais mais comuns do lúpus são:

• Inflamação das articulações;
• Dores de cabeça;
• Febre;
• Fadiga;
• Alterações na pele como descamação e feridas;
• Perda de peso sem dieta;
• Falta de ar;
• Queda de cabelo;
• Manchas no corpo, principalmente no rosto.

As manchas no rosto são um dos sinais mais característicos da doença, que aparecem como uma grande mancha vermelha e contínua na região das maçãs do rosto e sobre o nariz.

Além do rosto, as manchas podem se espalhar pelo corpo, principalmente no tronco. Através de exames laboratoriais, são feitas biópsias que atestam a doença.

A doença tem períodos de atividade e outros de remissão, onde nesse último caso, a pessoa pode ter uma vida normal, desde que seguindo o tratamento indicado por profissional de saúde, em especial um reumatologista. 

Quem tem lúpus tem expectativa de vida equiparada com a população em geral, logo, a doença não é considerada fatal desde que tenha o tratamento correto para cada caso.

Se o Lupus não for tratado, qual a gravidade da doença?

O primeiro sinal são exames laboratoriais com alterações significativas tanto no sangue quanto na urina. 

Outros exames podem mostram aumento do fígado e do baço, além dos gânglios linfáticos inchados. 

Pode ocorrer nos olhos lesões como inflamações e a síndrome do olho seco. 

O lúpus afeta o pericárdio e pleura, membrana importante que envolve o coração e pulmões. 

Além desses órgãos, os rins podem ser fatalmente afetados pela doença, causando uma insuficiência renal grave. 

Nos casos mais graves e permanentes da doença ativa, podem ocorrer até alterações neurológicas e cardíacas. 

Outro fator que pode agravar o quadro de lúpus é a gravidez. Grávidas com lúpus tem maiores chances de abortamento, parto prematuro e trombose, além de pré-eclâmpsia.

A gravidez não é proibida, mas a mulher deve estar com a doença sob controle antes de engravidar e seguir um pré-natal de risco com todos cuidados para que tanto ela quanto o bebê fiquem bem. 

O lúpus não é um problema considerado fatal e sim tratável, porém, ela pode progredir com o tempo e deteriorar órgãos importantes e vitais, levando a outras doenças oportunistas e causando a morte. 

Por isso é importante fazer exames de rotina regulamente e buscar os melhores tratamentos para garantir mais saúde e vida de qualidade por mais tempo.

No próximo tópico, conheça os tratamentos mais comuns para o lúpus.

Quais os tratamentos para o Lupus? Tem cura?

Atualmente, é possível tratar e controlar o lúpus de tal forma, que a pessoa afetada consegue ter uma vida quase normal, com mais momentos de remissão do que de atividade da doença.

Até mesmo nos períodos em que a doença está ativa, é possível controlá-la através dos medicamentos e terapias indicadas e garantir maior qualidade de vida ao paciente.

Em geral os medicamentos mais utilizados são os chamados imunossupressores. Esses remédios controlam além dos sintomas, ainda a diminuição das crises e logo, sua remissão por certo tempo.

Outro fator de tratamento do lúpus é o uso de protetores solares. O sol é um dos grandes vilões para a pele de quem sofre da doença, por isso protetores e cremes de hidratação são fundamentais para aliviar e proteger a pele. 

Medicamentos como corticoides e anti-inflamatórios são muito utilizados nas fases latentes da doença, curando feridas e garantindo que haja menos evolução do problema. 

O médico reumatologista indicará uma mudança completa no estilo de vida, com mais atividades físicas, uma dieta alimentar equilibrada, maior ingestão de água e melhora do sono.

Como conviver com o Lupus e aprende mais sobre ele?

Para se ter uma ideia de como a medicina evoluiu, na década de 50, mais de 60% dos pacientes não sobreviviam mais do que 5 anos. 

Hoje uma pessoa consegue viver décadas convivendo com a doença, desde que seguindo o melhor tratamento possível para seu caso. 

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