A computação forense é a investigação através de vestígios digitais que criminosos cibernéticos costumam deixar quando cometem crimes na internet ou contra computadores específicos.
Em tempos de informações falsas e inúmeros golpes online, é fundamental o trabalho dos profissionais em informática voltado para segurança digital.
Confira a seguir o que é a Computação Forense, sua história e importância atual e como você pode entrar nesse mercado.
O que é Computação Forense?
Computação Forense faz parte da ciência digital forense e engloba uma série de técnicas, processos e estratégias que visam investigar e coletar provas de crimes através da internet e de dispositivos como mídias digitais.
Em investigações criminais, foi a partir dos anos 1980, que a computação forense se tornou cada vez mais comum e usual nos tribunais de todo mundo.
Naquela década, os computadores pessoais começaram a ser introduzidos em empresas e residências, e apesar de não haver internet, havia o uso de disquetes e outros dispositivos que podiam estar infectados ou roubar informações.
A partir da década seguinte, mais precisamente, a partir de 1996, a internet se tornando popular, brechas de segurança começaram a se tornar comuns em sistemas de proteção que deveriam ser infalíveis.
Foi nos anos 2000 que a computação forense ganhou força, passando a revelar crimes digitais através dos dados que os acusados deixavam na web.
E-mails, informações em redes sociais e até mesmo dados em smartwatch começaram a ser usados em tribunais para revelar e elucidar crimes de todas as espécies.
A seguir, falaremos um pouco mais sobre a importância da investigação criminal digital aos olhos da justiça atual.
Qual a importância da computação forense para a justiça nos dias atuais?
A computação forense segue o princípio de Locard “todo contato deixa um vestígio”. A frase foi dita por Edmond Locard, mais conhecido como Sherlock Holmes francês e considerado um dos pais da ciência forense moderna.
Ele dizia que qualquer toque ou pisada, pode deixar marcas até mesmos silenciosos que podem ser encontradas e extraídas para solução de um caso.
De lá para cá, a ciência forense evoluiu muito, principalmente com os avanços da computação e internet.
Ao mesmo tempo que avançou, também se iniciou uma série de novos desafios, agora em ambiente virtual.
Seguindo os ensinamentos de Locard e todas as situações que foram aparecendo ao longo do tempo na ciência forense, a computação forense é hoje um dos seus braços mais importantes na elucidação de crimes no mundo.
Além dela, a cibersegurança ou segurança digital anda lado a lado, sendo esta, voltada para correção de bugs, fortalecimento das barreiras digitais com uso de firewalls e antivírus, inclusive, análise de informações e solução para problemas online.
A cibersegurança protege sistemas e geralmente seu foco é em aplicação de serviços de segurança digital para empresas e até mesmo usuário final.
Voltando para a Computação forense, no caso de crimes hediondos ou mesmo culposos com vítimas, nos dias de hoje é fundamental analisar todos os vestígios digitais e determinar os passos dos criminosos.
Nos tribunais, promotores utilizam dados de redes sociais, dispositivos eletrônicos na nuvem e e-mails para criar uma cronologia e história para os crimes narrado ao júri.
O profissional em computação forense deve ser uma pessoa com boa formação e habilidades para investigar e chegar a solução de crimes e a seguir, confira como é a área e o que precisa para atuar nela.
Veja como funciona a atividade da computação forense
O profissional em computação forense deve seguir 4 processos de análise para investigar vestígios em materiais digitais, sejam eles virtuais ou físicos:
- Identificar e analisar dispositivos;
- Manter a qualidade dos dados;
- Análise computacional forense;
- Relatórios finais
Na identificação e análise de dispositivos, são averiguados os tipos de dispositivos e informações que serão coletados, além de manter a qualidade desses dados.
Na análise forense, o objetivo é encontrar vestígios de crimes cibernéticos ou não, que corroborem outras provas e informações no processo. Por fim os relatórios são a conclusão dos peritos com base nos dados coletados e analisados.
A computação forense tem uso exclusivo em investigações criminais, mas pode ser utilizada, também, em outros tipos de processos legais como processos judiciais comuns, de propriedade intelectual, e de segurança empresarial, mais conhecido como cybersegurança.
Como começar a trabalhar com computação criminal?
Seja para elucidar crimes hediondos ou cibernéticos como golpes e fraudes, a computação forense tem papel fundamental para solução de processos legais com mais rapidez e legalidade.
Para se tornar em um profissional em computação forense, é necessário fazer faculdade de 4 anos de Ciências da Computação.
Atualmente existem cursos de graduação tecnológica com foco na cibersegurança de 2 e 3 anos e que tem objetivo de oferecer serviços de segurança digital para empresas.
O cientista em computação possui uma gama de oportunidades e pode atuar tanto como perito computacional ou cibersecurity.
O profissional em cibersegurança irá implementar sistemas de proteção para evitar o roubo de informações, a troca de dados com criminosos ou falhas como bugs.
Já o perito computacional tem como atividade investigar dados em cd’s, pendrives, HD’s e SSD’s, em pastas na nuvem, e-mails comprometedores e postagens e comentários em redes sociais.
Através dessas informações o perito faz a análise e liga as informações, quando houver, que revelam um crime ou fazem parte do processo até o crime cometido.
O perito computacional em geral trabalha em órgãos públicos como a polícia, sendo necessário o ingresso nessa administração pública através de concurso público.
O perito computacional pode trabalhar, também, em empresas de auditorias e investigação particular, inclusive, oferecendo serviço para órgãos públicos como privados.
Computação Forense
A informática trouxe praticidade para vida de todos, porém não são poucos que utilizam dela levianamente para cometer crimes.
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Fernando Vale é um profissional graduado em Administração e com MBA em Logística Empresarial. Atualmente, é sócio e diretor da Unova Cursos, uma empresa especializada em Educação a Distância (EAD) e Cursos Online. Com mais de uma década de experiência no mercado educacional, Fernando tem se empenhado em levar conhecimento de excelência para milhares de indivíduos em todo o território brasileiro.
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