O que é Redução de Danos e como a família pode ajudar nesse processo

Você sabe o que é a Redução de Danos? A RD, como também é conhecida, consiste em uma abordagem ética e humanizada de tratar e controlar os efeitos das drogas nos usuários.

É um método reconhecido e utilizado internacionalmente, para lidar com pessoas que utilizam drogas para consumo próprio e recreativo e não querem ou não conseguem parar de fazer uso dela. 

Ao contrário de outros tipos de métodos ineficazes que visam apenas o combate e não tratam o abuso de drogas, a Redução de Danos prevê uma visão gradativa e cuidadosa para o uso sem haver danos tanto para o usuário quanto sua família. 

No Brasil, a RD ainda é vista com descrença por alguns grupos sociais e, para tornar-se mais relevante, é vital a informação.

Neste artigo, falaremos sobre o que é a Redução de Danos, quais os tipos de ações que a RD atua e como a família dos usuários são fundamentais para o tratamento. Confira. 

O que é Redução de Danos?

A Redução de Danos, também conhecida como RD e, ainda, Redução de Riscos, é um conjunto de ações que visam orientar pessoas usuárias de entorpecentes, aos cuidados básicos e mínimos de saúde, evitando o abuso e diminuindo a dependência. 

A Redução de Danos é um projeto iniciado na Holanda, que em 1980, criou um programa de auxílio aos usuários de drogas, que visava o combate e diminuição dos casos da contaminação pela Hepatite B e, posteriormente, do vírus HIV/Aids. 

A implementação do projeto foi um sucesso e diminuiu drasticamente os casos, causando grande repercussão mundial.

O Brasil aderiu a ideia a partir de 1989 na cidade de Santos no litoral de São Paulo. Aqui, a implementação do projeto visou o controle da epidemia da Aids que até o fim dos anos 80, já havia matado mais de 115 mil pessoas no país. 

Deste modo, o país iniciou um programa, até então alternativo, para tratar os usuários de drogas, visando o controle e diminuição da dependência, e não o combate e intolerância quanto ao uso de drogas consideradas ilegais. 

Como as famílias são afetadas e tratadas nas estratégias da Redução de Danos?

Enquanto outros programas de combate aos entorpecentes visam o fim das drogas com violência e medidas proibitivas que acabam sendo mais prejudiciais, a Redução de Danos auxilia não apenas o usuário, mas suas famílias. 

Segundo o Ministério da Saúde “A Redução de Riscos se define como uma estratégia de saúde pública e reduz os danos causados por práticas de risco.” Práticas como uso de drogas e sexo não seguro, são estabelecidos nessa regra. 

As famílias das pessoas que usam entorpecentes, sofrem junto com o usuário, pois, além de ver o descontrole com o vício, ainda podem passar por situações desgastantes quanto a perda de dinheiro e saúde ao tentar ajudar o parente. 

Portanto, a RD promove reuniões e orientações tanto ao usuário quanto a seus familiares, indicando maneiras mais tolerantes e menos prejudiciais a saúde o meio onde vive. 

As estratégias buscam prevenir desde o abuso de drogas até a exposição ao vírus da Aids entre outras ISTs. 

A distribuição de preservativos gratuitamente, além da disponibilidade de seringas descartáveis, são algumas medidas que buscam conscientizar e diminuir uso indiscriminado de drogas e aparecimento de doenças crônicas graves. 

Os familiares são acompanhados e orientados de como deve ser o auxílio ao parente usuário de drogas.

Quando a família adere as estratégias, fica mais fácil para um tratamento humanizado e com mais chances de sucesso, inclusive, de abandono total, com o tempo, do uso de entorpecentes. 

A polêmica da “guerra as drogas” e como a Redução de Danos é eficaz em sua proposta

O combate as drogas é uma questão antiga e que já tomou rumos assustadores no país. 

Atualmente, o Brasil possui mais de 4,9 milhões de pessoas que afirmam ser usuárias de drogas ilícitas, segundo a Fiocruz. A maconha é a droga ilícita mais utilizada e o álcool a droga lícita mais consumida. 

A chamada “guerra as drogas”, foi um movimento muito difundido nos anos 1990, porém, perdeu força nas décadas seguintes, principalmente pelo aparecimento de outros entorpecentes, aumento dos usuários e por ser um programa proibitivo.

Sem foco no tratamento, mas apenas na abstinência as drogas, o projeto prevê uma abordagem radical e que geralmente não surte efeito positivo por longos períodos. 

Atualmente, o Brasil tem buscado novas estratégias para implementar a Redução de Danos com eficácia e garantindo tratamento humanizado a todos usuários.

Infelizmente, a falta de recursos e apelo social e político, tem sido grandes entraves para que o projeto possa avançar e tratar todos os que necessitam de auxílio de saúde física e psicológica. 

Como os profissionais de saúde devem se capacitar em relação a Redução de Danos?

Os profissionais de saúde são orientados de como devem agir em relação a usuários de drogas, desde a prevenção até o tratamento, inclusive, acolhimento das famílias. 

O serviço de saúde pública oferece um tratamento dos mais eficazes e com resultados mais benéficos do que outros meios conservadores.

Para que o profissional esteja completamente capacitado, é vital conhecer a história e todos os pontos que mostram que a Redução de Danos é mais viável e como deve ser conduzida para seu sucesso. 

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A Redução de Danos é uma das formas mais eficazes para diminuir e controlar vícios e tratar usuários, auxiliando em sua reabilitação. 

Além disso, as famílias recebem tratamento psicológico entre outros benefícios, que visam a completa reintegração do usuário na sociedade. 

Para profissionais da saúde, professores, jovens e adultos, o curso Redução de Danos é fundamental para prepará-los quanto a tratamentos e orientações em relação ao usuário de drogas.

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